terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O eco da gruta

Dor, insônia, lágrimas.
Estou exausta, retalhada, em carne-viva.
Nas minhas costas há um mapa que eu não posso ver,
mas que mostra o caminho para um bom lugar.
Estou algemada, afogada em milhares de ânsias.
O peso do mundo caiu um dia sobre meu peito
que de tão oco não aguentou e cedeu.
Por mais que eu respire fundo,
não é de ar que se enche um peito.
Estou doída, seca, rouca,
a ponto de virar uma grande sábia.
Vou dizer aos outros para não serem como eu,
que continuem tolos, cegos, amando.

(16/11/2010)

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